sexta-feira, 15 de abril de 2011

(Entre flores, nuvens e o infinito)

Se achava uma nuvem, ou uma flor.
Nuflor ou fluvem... um meio-termo.
Não que ser meio-termo fosse agradável.
Era decidida, mas por opção própria
decidiu não decidir entre a flor e a nuvem.
Cabe o infinito. Queria ser o infinito; queria ser infinita...
Ainda entre a flor e a nuvem, tinha uma boa sensação.
Guiada pelo vento, admirada pelos mortais
e espaço de dança para insetos. I-N-S-E-T-O-S?
Tinha um quê de excêntrica.
Sua maior excentricidade era acreditar na liberdade,
mesmo que estivesse presa na imensidão entre a flor e a nuvem.
Tal imprecisão não era retrato de melancolia.
Pelo contrário.
O sorriso ABERTO era o cartão postal.

Lucas Soares

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